segunda-feira, 23 de abril de 2012

Mata-Mata: Decidir Em Casa é Vantagem?


Nessa época do ano, em função do fim da primeira fase da Libertadores, ocorre um fenômeno nos noticiários esportivos que muito me incomoda.
Todos, sem exceção, noticiam que os clubes buscam melhores posições na classificação geral para que possam decidir os confrontos mata-mata com o segundo jogo em casa.
Sempre desconfiei que essa não fosse uma grande vantagem por vários motivos mas o principal dele é que você dá ao pior classificado a vantagem de jogar a primeira partida nos seus domínios, com chance de fazer um placar favorável e jogar com o regulamento no segundo jogo. Minha desconfiança era só isso, desconfiança mesmo, até porque nunca tinha visto nenhuma estatística que a confirmasse ou não. Aí entra o motivo maior da minha indignação. Por que nunca ninguém fez um levantamento pra saber se realmente jogar a segunda partida em casa é uma vantagem considerável? Portais adoram dar espaço a matemáticos e seus números nem sempre confiáveis para prever o futuro mas não se dão o trabalho de contabilizar números simples do passado a fim de obter uma informação realmente relevante. Pois bem, cansei de esperar e resolvi eu mesmo fazer a estatística.




Os resultados comprovam a minha desconfiança inicial. Decidir em casa não é vantagem nenhuma, no máximo dá as mesmas chances do que decidir na casa do adversário. Meus dados contem todos os confrontos a partir das oitavas-de-final da Libertadores a partir do ano 2000. No total, 52,2% (93 de 178 confrontos) dos vencedores decidiram fora. Veja os dados quebrados por fase também. Apenas na final, vantagem (acho que empate técnico até, 7 de 12 finais) para quem decide em casa.
Aí cabe outra pergunta, será que os autores dos regulamentos também nunca pensaram nisso? Mantem-se uma fórmula de disputa em que o melhor classificado não tem nenhuma vantagem real sobre seu adversário, que classificou-se por último. Na minha opinião, no mínimo o melhor time deveria poder escolher onde decidir o confronto. Uma outra possibilidade seria dar vantagem no caso de dois resultados iguais, evitando a decisão por pênaltis.
Em tempo, não gastei mais que 20 minutos para fazer o levantamento usando a Wikipedia.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Resultado Promoção dALE MENGÃO

Os vencedores são:
1o lugar (camisa oficial) - Cristina
2o lugar (camisa dAle Mengo) - Levy
3o lugar (camisa dAle Mengo) - Mauricio Neves

Parabéns aos vencedores!!

Abaixo a minha localização no estádio e um zoom mostrando que eu estava um tanto irritado no momento da foto, provavelmente xingando aquele juiz que tentou tirar os 3 pontos do Flamengo.






terça-feira, 3 de novembro de 2009

Daqui da arquibancada


O tema do meu blog deixa evidente que assisto bastante esporte pela televisão. O que não quer dizer que eu não goste de assistir a um jogo do Flamengo no Maracanã. Já fui ao maior do mundo com muito mais frequência do que vou hoje em dia e os motivos disso são assunto pra outro post.
O fato é que no último sábado saí da poltrona e fui torcer pelo Flamengo no jogo contra o Santos pela 33a rodada do Campeonato Brasileiro. Levado pela promoção d'ALE MENGO, proporciono aos leitores do blog a oportunidade de ganhar um belo prêmio.
A jogada é a seguinte: a ALE tirou uma foto panorâmica em alta definição da torcida durante o jogo. Basta vasculhar a foto me procurando no estádio. O primeiro a me encontrar e dizer através dos comentários desse post a minha exata localização (usem referências como faixas de torcida, setor do estádio, etc) ganha uma camisa oficial do Flamengo. O segundo e o terceiro a acertarem ganham uma camisa d'ALE MENGO.
Dica: estou ao lado de um frentista uniformizado da ALE.
A foto está aqui
Boa sorte!!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Vantagem?

É sempre assim. Ao final da fase de grupos da Libertadores, comentaristas, narradores, jogadores e treinadores falam em conseguir uma boa colocação geral para garantir que os jogos decisivos dos confrontos das fases seguintes sejam em seus estádios. Parece óbvio para todos que decidir em casa é melhor. Mas será que é mesmo? Talvez sim, mas sinto falta dos números que comprovem isso. Nunca vi estatística nenhuma a respeito e tenho a impressão que se fizéssemos um levantamento criterioso poderíamos chegar a números surpreendentes.
Posso estar completamente errado e os dados realmente serem a favor da teoria do "decidir em casa é vantagem" mas, principalmente após a implantação da regra do gol fora ser critério de desempate, acho que há um equilíbrio grande entre os vencedores dos confrontos que decidiram como mandantes e visitantes.
O que mais me impressiona é que todos falam que conseguir o mando de campo no segundo jogo é muito bom mas nunca vi ninguém mostrando a porcentagem de vitória nesses casos. Cadê os números? Faz-se tantos cálculos inúteis, como a chance dos times serem campeões faltando 10 rodadas para o fim do campeonato, e não tem um Oswald de Souza que nos apresente esses dados. Por que?

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Quantidade x Qualidade


Nos últimos anos aumentou muito o número de narradores e comentaristas em ação, principalmente no Sportv, devido à transmissão em PPV de todos os jogos do campeonato. Claro que isso tem impacto direto na qualidade dos comentários. Considero que uns 50% dos narradores/comentaristas estão bem abaixo do nível aceitável de qualidade. Já falei um pouco de alguns aqui.

Agora falo de mais um que vem me incomodando com seus comentários óbvios, falta de conhecimento e pouca intimidade com o microfone.
Müller foi um bom jogador, artilheiro e vencedor. Mas às vezes me parece que as emissoras consideram o passado dentro do campo como único critério na hora de contratar um novo "especialista".

Ontem durante o pré-jogo de Palmeiras x Flamengo ele soltou:
"Dificilmente esse jogo será 0x0, até porque a vitória interessa aos dois times".
Uma frase contendo duas obviedades irritantes.
A primeira é mais evidente: Alguém tem notícia de um jogo onde a vitória não interessa aos dois times? Às vezes, até uma derrota basta, mas a vitória SEMPRE interessa, não importa o quão esdrúxulo possa ser o regulamento da competição.

A outra é um pouco mais sutil e, a favor do Müller, é bom frisar que tem sido muito comum, inclusive entre os treinadores em atividade.
Não precisa ser gênio pra dizer que o resultado do jogo dificilmente será um empate sem gols.

Vamos aos números: Até o início da 16a rodada, foram disputados 150 jogos no campeonato e apenas 11 (7,3%) terminaram sem gols. Ou seja, QUALQUER jogo dificilmente será 0x0, Müller. Não precisamos que você nos diga isso.

domingo, 1 de junho de 2008

Telecurso Galvão II - Aula de Geografia Avançada


Galvão Bueno e sua Geografia toda peculiar voltaram a atacar durante a transmissão do amistoso entre Brasil e Canadá. Como sabem, a partida foi realizada na cidade de Seattle que fica, segundo Galvão, no Norte e Leste (acho que ele quis dizer Nordeste, né?), dos Estados Unidos. Como podem ver pelo mapa abaixo e com a ajuda da Rosa dos Ventos ao lado, ele mais uma vez mostrou que geografia não é o seu forte.



Alguns minutos depois completou, informando que em Seattle, "quando resolve fazer frio, faz muito frio". Acho que ele fala essas coisas como uma maneira de parecer o grande entendido em todos os assuntos.
Deve passar despercebido para a maior parte da audiência mas chama a minha atenção. Em Seattle, apesar de estar muito próximo ao Canadá, não faz tanto frio assim. A temperatura média mínima nos meses mais frios é de 2 graus Celsius, que, convenhamos, não é tanto frio assim.
Se ele for comentar sobre o frio em qualquer cidade cuja média mínima no inverno seja de 2C, vai falar sobre isso em praticamente qualquer jogo internacional.
Ou seja, penso que ele não faz a menor idéia de como é o clima no Noroeste dos EUA, mas precisa fazer preencher sua narração com qualquer coisa que soe inteligente para grande parte de sua audiência.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Telecurso Galvão - Aula de Geografia


Tempos atrás escrevi sobre o processo de escolha do canal quando um jogo está sendo transmitido por mais de uma emissora. Recebi esses dias um texto que, confesso, eu gostaria de ter escrito. Fala sobre a diferença na qualidade das transmissões da Globo e ESPN Brasil. Mas o melhor é a descrição da úlltima gafe do Galvão, lá na Colômbia, quando chamou o morro próximo ao estádio de cordilheira dos Andes, sendo prontamente corrigido por seu repórter de campo, Mauro Naves. Aqui o link para o excelente texto de Christian Moreno, que eu não conheço.