domingo, 29 de julho de 2007

Confusão na Maratona



A transmissão da maratona do Pan na TV Globo apresenta informações na tela sobre a velocidade dos atletas e a distância em metros entre eles.
Em um momento da prova, um atleta guatemalteco liderava com 168 metros de vantagem sobre o segundo colocado. Sua velocidade variava entre 16 e 17 km/h. O segundo lugar tinha uma velocidade variando entre 18 e 19 km/h. Contrariando as leis da física a distância entre os dois AUMENTAVA, chegando a 175 metros.
Luiz Roberto explica que as medições podem oscilar muito pois são feitas por motos que acompanham os corredores e às vezes precisam acelerar ou frear um pouco.
Ora, Luiz, não importa como estejam sendo feitas as medições. Se a moto que estava atrás andava mais rápido que a moto da frente, a distância entre elas só poderia diminuir. Ou estou ficando maluco?
Ainda bem que isso acaba hoje!

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Vamos invadir!

O que o Pan Rio 2007 trará de melhor para o país será a percepção da nossa total incapacidade de sediar um evento da importância das Olimpíadas e Copa do Mundo.
Apesar das principais redes de televisão estarem ignorando, os problemas estão acontecendo em todas as áreas e um dos mais graves ocorreu ontem no Maracanã.
A insegurança dos atletas nos campos, quadras e arenas é uma das principais preocupações em qualquer competição esportiva de grande porte em todas as partes do mundo. Invasões de campo são punidas com rigor, pois expõem os protagonistas a riscos sérios. Na Europa e Estados Unidos, o trabalho de prevenção a invasões já passou a ser ajudado pelas emissoras de televisão, que enxergaram que podem e devem ter um papel importante.
Como? Simplesmente suas câmeras não mostram os eventuais invasores. Enquanto o infrator está em campo, as imagens mostram as arquibancadas, replays de lances das partidas, tudo, menos o infeliz que decidiu atrapalhar o espetáculo. O motivo é óbvio, não dar ao invasor o que ele mais quer, visibilidade.
Que ainda não tenhamos chegado a esse nível até aceito. Suporto portanto, que, ao vivo, as emissoras exibam a invasão. O que não dá pra entender e aceitar é o que a Rede Globo fez hoje em seu Bom Dia Brasil.
A matéria de Regis Rosing sobre a decisão da medalha de ouro do futebol feminino não só mostrou, como deu destaque, em tons animados, às duas invasões de campo ocorridas na partida. Com que moral a emissora pode criticar os atos? Não pode, porque os estimulou como nunca antes visto. Os dois indivíduos, em vez de presos, devem estar eufóricos exibindo suas atuações. A matéria do jornal é um trófeu inédito que nem eles esperavam receber.

Wright or Wwrong

Trocadilho horrível, eu sei. Não pensei em nada melhor, então ficou isso mesmo. Vamos ao que interessa.
Já falei aqui sobre o problema que comentaristas e locutores se metem quando decidem torcer mais do que deveriam. O problema é mais grave quando o comentarista-torcedor é o analista de arbitragem. A validade de seus comentários é diretamente proporcional à sua imparcialidade.
José Roberto Wright, que já não era tão imparcial quando atuava como árbitro, deu uma demonstração de como transformar um comentário correto em duvidoso.
Durante a final do futebol feminino do Pan, o Brasil sofre pênalti claro. Em sua intervenção, Wright diz o óbvio, o pênalti existiu, não há dúvidas, mas ao terminar sua fala, não resiste e solta:

"-E que saia o gol do Brasil."

Apesar da falta ter sido evidente, confesso que eu quis olhar o lance novamente, tamanha a falta de credibilidade imposta a si mesmo pelo ex-árbitro.
Não é possível que não haja ninguém por trás das transmissões esportivas da TV Globo que queira zelar pela qualidade das análises de seus contratados.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Bola ao Cesto

Como previsto em um post anterior, a overdose de transmissões do Pan está nos brindando com ótimas pérolas dos apresentadores e comentaristas. Algumas até aceitáveis, mas a que ouvi hoje não posso deixar passar. Durante um flash para o Jornal Hoje, direto do Complexo Cidade dos Esportes, Sandra Anenberg, apresentadora do jornal vespertino, acompanhava a partida entre EUA e Colômbia pelo torneio de basquete feminino. Ao informar o placar, demonstrou sua total falta de intimidade com a modalidade em questão.

"- Os Estados Unidos vão vencendo por 35 cestas a 14."

Obviamente o placar era em pontos. Alguém precisa explicar pra ela que, nesse estranho esporte, as cestas podem valer um, dois ou três pontos.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Bastidores

Galvão Bueno é um mala transmitindo qualquer evento esportivo. Disso nós sabemos há muito tempo. A novidade é que tudo indica que ele é um mala nos bastidores também. Segue notícia enviada pelo Ricardo Amorim, leitor do Daqui da Poltrona, meu irmão e dono do Cerveja Só, blog sobre o melhor acompanhamento para assitir um joguinho.

Clima esquenta entre Galvão Bueno e diretor de Esportes em estúdio da Globo

Fonte: Portal Comunique-se

O locutor Galvão Bueno e o jornalista Luiz Fernando Lima, diretor de Esportes da TV Globo, discutiram asperamente e quase trocaram socos após o término da transmissão de Brasil e Argentina, no domingo (15/07), no estúdio onde tem sido feito o trabalho do Pan. Tudo começou porque Galvão não narrou o jogo da sua cabine habitual.

Após a partida vencida pela seleção brasileira por 3X0, Galvão entrou no switcher, onde é feita a edição ao vivo, do Fantástico em que Lima trabalhava na cobertura do Pan e reclamou do tratamento. Fontes contaram que o narrador disse que é ele quem dá audiência para a emissora.

O diretor exigiu que Galvão saísse da sala - "Aqui não é lugar para isso". Como Galvão insistiu na briga, Lima o segurou pelo colarinho. Os dois foram apartados por seguranças.

Logo depois os dois conversaram e, de acordo com a Central Globo de Comunicação, selaram a paz com um jantar no mesmo dia. "A relação entre eles não mudou", informou a CGCom. Na emissora, o assunto já é visto como "uma situação muito engraçada".

Aproveito o assunto pra lançar um videozinho mostrando o mala-mor nos bastidores das transmissões da Copa 94, reclamando do Pelé, então comentarista convidado.

domingo, 15 de julho de 2007

Em que canal??

Em um comentário a um post anterior o Marcelo me criticou por assistir ao jogo do Brasil pela Globo quando o mesmo estava sendo transmitido pela ESPN Brasil. O comentário dele me deu a idéia de escrever sobre o processo de escolha da emissora quando um jogo é transmitido em mais de um canal.
Costumo usar alguns critérios na escolha. São eles:

  • Qualidade da imagem
  • Delay da imagem
  • Comentaristas
  • Exibição de outros resultados e gols da rodada

Na maioria das vezes a ordem de importância é essa aí mesmo.
Em uma transmissão ao vivo, sinceramente, vale muito mais o que estou vendo do que ouvindo. Informações básicas sem muitas asneiras são o suficiente pra me deixar satisfeito.
Isso explica que a qualidade da imagem seja o principal quesito. Além disso é o que mais varia de uma pra outra. Não sei em outras operadoras de TV, mas na Net, que é a que tenho em casa, a imagem da Globo é invariavelmente a melhor, muito melhor que a ESPN Brasil, por exemplo, que é a pior, quase sempre.
No jogo de hoje entre Brasil e Argentina pela final da Copa América, o decisivo foi o segundo quesito. Pra fugir do Galvão e Arnaldo, abri mão da melhor imagem da Globo e fui pro Sportv, cuja qualidade é só um pouco inferior. Fiquei lá até o primeiro gol do Brasil. Júlio Batista marcou, e eu já sabia disso antes mesmo dele chutar a gol. Não sou vidente, apenas ouvi a comemoração de vizinhos eufóricos.
Por algum motivo o sinal dos canais apresentam uma leve diferença no tempo dos jogos. É o delay (atraso) da imagem. Às vezes, chega a alguns segundos.
Não era o caso hoje entre Globo e Sportv, devia de ser de pouco menos de um segundo. Pode parecer frescura mas faz muita diferença quando há alguém por perto gritando a cada gol. A comemoração alheia entrega o desfecho do lance, tirando muito a graça do momento. Em cobranças de pênalti então, praticamente transforma em VT o que você deveria estar vendo ao vivo.
Apelei pra Globo, que, além da melhor imagem, tem sempre a imagem mais atual. Lá, acompanhado das eternas gracinhas entre Galvão e Arnaldo, gritei ao mesmo tempo que os vizinhos nos gols contra de Ayala e de Daniel Alves.
Como falei acima, os comentaristas não costumam ser tão decisivos na minha escolha mas a presença de um André Lofredo ou João Carlos Assumpção, pra citar apenas os malas do Sportv, podem e fazem com que eu tire do Canal Campeão. Não suporto esses dois. Depois posso explicar mais minha intolerância com eles mas basicamente é porque são péssimos, não entendem nada.
O último critério é a exibição, durante o jogo, de gols de outros jogos. Atualmente esse não costuma influenciar muito porque todas têm mostrado o que acontece nos jogos simultâneos.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

O Pan chegou!

As próximas duas semanas prometem fornecer muito conteúdo para o blog.
As emissoras nos brindarão com uma overdose de cobertura dos Jogos. O Sportv vem com seus 3 canais, já habituais em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. O problema é que um Pan não chega nem perto da grandiosidade desses dois (aliás, não fosse no Brasil, nem estaríamos dando muita bola).
A regionalidade dos Jogos não é o que o torna menos importante e sim a falta de interesse dos maiores atletas dos países envolvidos. Apenas o Brasil mandará seus melhores na maioria dos esportes. Isso significa que teremos esporte de baixa qualidade pra assistir. Somado a isso, a exibição de modalidades desconhecidas de nós e, principalmente, dos locutores, promete um show de baboseiras no ar. Imaginem o Luiz Carlos Júnior narrando a final de badminton, o Luciano do Valle comentando a prova do double skiff masculino.
Será divertido, sem dúvida.

sábado, 7 de julho de 2007

Torcer ou comentar, eis a questão.

A dupla que faz a transmissão de Fórmula 1 da Globo é das que mais me impressiona. Os caras fazem isso há uns 30 anos e, volta e meia, escorregam sério. Muitas vezes porque querem mais torcer do que informar. Hoje no treino para o GP da Inglaterra, Felipe Massa fazia sua volta rápida e vinha batendo o tempo da pole, até então de Fernando Alonso, em todas as parciais. Milésimos de segundo antes de cruzar a linha de chegada, Reginaldo Leme não se controla e solta "- É do Massa!". Mal termina a frase e o implacável cronômetro, que não torce pra ninguém, mostra que ele só havia conseguido o segundo tempo. Galvão Bueno, meio sem graça, justifica que algo aconteceu no trecho entre a última parcial e a chegada. Será que em tanto tempo o sr. Reginaldo Leme não aprendeu que ele está ali pra informar e não pra torcer? E, pior, que muita coisa pode acontecer em um pequeno pedaço de volta. No final das contas, Lewis Hamilton ainda fez um tempo melhor e conseguiu a pole position em sua primeira corrida em casa. Massa, pra desespero do especialista da Globo, ficou em quarto.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Replay burro

Uma das coisas mais irritantes em uma transmissão de futebol é você esperar pelo replay de um lance e ele não mostrar o que você quer ver. Isso acabou de acontecer no jogo Brasil x EUA pelo Mundial Sub-20. Eu estava assistindo pelo Sportv mas a culpa deve ter sido da geradora das imagens, a TV canadense. O segundo gol dos EUA começou com uma jogada sensacional de Freddy Adu pela direita. Depois de uma embaixadinha, deu um meio chapéu no brasileiro, correu pra área e chutou pro gol, no rebote Altidore marcou. Típico lance em que o drible só não vale mais que o gol porque não conta no placar mas merecia ser reprisado muito mais que a conclusão. Pois o replay do lance só mostrou Adu já correndo em direção à área. Esperei pelas imagens em outro ângulo pra ver se voltavam um pouco mais a fita... Nada. Já era. Quem viu, viu, quem não viu tem que se ligar nos noticiários ou aguardar pelo You Tube.
Felizmente, o Sportv News acaba de mostrar o lance completo e, apesar de ainda não estar lá, uma breve busca pelo site de vídeos leva a crer que não vai demorar pra alguém mandar o vídeo. O que não falta lá são jogadas do tal Adu, inclusive lances desse mesmo Mundial. Se alguém achar, mande o link, depois volto a procurar, se achar posto aqui.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Cadê as faltas??

Não sei se é espírito de porco ou pensamento de time pequeno mesmo. Se havia algo de positivo nos primeiros 25 minutos do jogo entre Brasil e Equador que acabou agora há pouco, era o reduzido número de faltas. Aos 23 minutos, apenas uma para cada lado. Coisa rara por essas bandas, e louvável, na minha opinião. Galvão Bueno, que já cansou de reclamar da excessiva quantidade de infrações do nosso futebol, resolveu criticar a escassez delas nesse jogo. Por que a mudança de discurso? Não faço idéia, talvez nem ele.

domingo, 1 de julho de 2007

Bem amigos da Internet

Não, esse não será um blog de idolatria ao Galvão Bueno como o título do post pode sugerir.
Optei por esse título porque faz alusão ao principal bordão do principal locutor da principal rede de televisão do país.
Mas não esperem aqui elogios ao Sr. Galvão, muito pelo contrário, a partir do momento em que pensei criar esse espaço, têm vindo dele as maiores idéias.
Mas afinal, do que se trata então o blog, que idéias são essas que o locutor-mor da Globo está dando?
É o seguinte, comecei a querer escrever durante as transmissões de jogos de futebol que acompanho (não são poucas).
Não é raro ouvir uma "pérola" dos locutores, comentaristas, repórteres e atletas. Entendam como pérola, qualquer comentário imbecil, uma previsão prontamente furada, erros de português, micos de todo tipo.
Quem costuma assistir jogos pela TV sabe do que estou falando.
Enfim, como na maior parte dos eventos que assisto, estou sozinho (minha mulher não presta muita atenção e meu filho, infelizmente, ainda não entende muita coisa), sinto muita falta de comentar com alguém, saber se ouviram o que ouvi, se ficaram indignados como eu.
O problema é que é o tipo de coisa que não dá pra falar depois, seja por falta de lembrança, seja porque o comentário mais pertinente será sobre a partida em si.
A idéia do blog então, me pareceu perfeita, aqui poderei eternizar as pérolas, aguardar os comentários, estes poderão trazer ainda mais pérolas.
Esse é o principal motivo da existência do blog, mas o espaço tratará não só disso mas de qualquer assunto que se refira ao ato de assistir esportes pela televisão.

Pra coroar a inauguração do Daqui da Poltrona, um vídeo que, pra quem já viu, vale rever e pra quem não viu, é simplesmente imperdível. Trata-se de uma transmissão durante a Copa do Mundo de 2002, no Japão/Coréia.
Luiz Roberto e Sérgio Noronha, da Globo ficaram transmitindo do Brasil, onde os jogos eram de madrugada.
Num dos intervalos dos jogos, Noronha é pego tirando uma soneca. Sensacional!!

Abraços e espero que gostem.